quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Barco costurado à mão




A liberdade não consiste só
em seguir a sua própria vontade ,
mas às vezes também
em fugir dela
*
(Kobo Abe)
A lágrima
Do verso volta,
Vertigem
Do beijo
Vão.
Artéria intacta,
Fronteira que teu nome
Traduz em reticências.
Paralelos mínimos
Que nenhuma correnteza estanca.
Pedra quando pão.
Sílaba de luz ausente,
No silêncio.
Porto.
Fragata longe.
Vento que segue
Até onde a curva
Vira pássaro
E canta.

2 comentários:

Tamara Eleutério disse...

Oh tu, marcelo!
Reticências-tatuagem - fotografei a imagem.

:*

Sebastião Edson Macedo disse...

marcelo,
gosto dos encontros verbais deste poema. há imagens fortes, boas, ricas, que me fazem ir além do escrito. pedra enquanto pão, por exemplo, é uma de minhas travessias...

obrigado por partilhar seus poemas.

um abraço.