sábado, 12 de janeiro de 2008

Daquela tarde


Risco visto

em ventania
como regra.

Âncora
de queda enquanto
solidão.

Parabólica cuspida
salva um afogado.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Da guilhotina ao mp3


E todos os livros.
Enferrujado papel.

Em música
de quadros
Tarsila ouve.

Estampa
no pulso.

2º tempo
de outro
zero à zero.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Romaneio


Multiplicando
as escolhas.

Engolindo
pedras.

Nada além
de uma janela
estancada no pulso
e meus dedos
de 100 km por hora.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Aos domingos


Sem um sinal:
E já começo a dizer.
Sim, uma chance
na espuma branca.
Colortrend.
Quase um céu
de tantas nuvens.

Bangladesh amanhece


Me perde na curva.

Só fica teu céu pra navegar
meu rosto na manhã.

Uma chance a menos
pra desfazer as linhas
em órbita no beijo.

Claridade nas mãos.

Articula-se o tempo
de um horizonte vago.

Nem pedras e poemas
ou pastilhas.

Esforço de planta
pra crescer.

Nego a fome
que teus olhos me ensinaram.

Suspensa fica a fagulha.

Estrela do mar em chamas.

Paisagem que nenhuma
ferida fecha.
Até segunda ordem.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

47 páginas depois


Rimar outro céu.
Desfilar exclamações de 20 mil bocas
sobre a pele.

Instância de outro significado.

10 vezes o azulejo e mais
:Dádiva que encontra sonora a cor.

Teorema de culpa
e cápsulas na alegoria.

Fixa-se o olhar.

Ironia de choro e batom.

Química do fogo
em voz baixa.

pétalas de chuva
pro alento de uma noite.