domingo, 6 de janeiro de 2008

Bangladesh amanhece


Me perde na curva.

Só fica teu céu pra navegar
meu rosto na manhã.

Uma chance a menos
pra desfazer as linhas
em órbita no beijo.

Claridade nas mãos.

Articula-se o tempo
de um horizonte vago.

Nem pedras e poemas
ou pastilhas.

Esforço de planta
pra crescer.

Nego a fome
que teus olhos me ensinaram.

Suspensa fica a fagulha.

Estrela do mar em chamas.

Paisagem que nenhuma
ferida fecha.
Até segunda ordem.

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